Mais de 14.800 pacientes de Gaza demandam urgentemente cuidados médicos especializados, confirmou nesta quarta-feira (6) Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ghebreyesus instou ações da comunidade internacional, reportou a rede Anadolu.
“Urgimos mais e mais países a se apresentarem para aceitar pacientes e acelerar evacuações médicas por todas as rotas possíveis”, declarou Ghebreyesus em postagem na rede social X (Twitter).
O apelo sucede a evacuação, via OMS, de 15 crianças em condições críticas à Jordânia, na manhã de quarta, com 42 acompanhantes.
A OMS tem reiterado alertas sobre o colapso do sistema de saúde em Gaza, com hospitais pressionados por baixas massivas e falta de médicos e insumos.
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Ghebreyesus agradeceu a monarquia e sugeriu novas evacuações ao exterior, embora muitos pacientes não estejam em condições de viagem. Em lugar do paliativo, peritos pedem cessar-fogo e esforços de reconstrução.
O exército israelense impede acesso humanitário a Gaza desde março, quando retomou operações intensivas ao enclave, incluindo cerco, ao revogar unilateralmente um acordo de cessar-fogo e troca de prisioneiros.
Israel ignora apelos internacionais por cessar-fogo, ao manter ataques indiscriminados a Gaza desde outubro de 2023, com mais de 60 mil mortos e dois milhões de desabrigados, sob destruição e fome. Entre as fatalidades, 18.500 são crianças.
O Estado israelense é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.
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