Cerca de 80% dos alemães rejeitam a campanha militar de Israel na Faixa de Gaza sitiada, com 75% reivindicando do governo maior pressão ao aliado ocupante, incluindo sanções, revelou uma pesquisa da revista Focus nesta quinta-feira (7).
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Quarenta porcento dos alemães creem que Israel ultrapassaram os limites em sua retaliação ao movimento Hamas.
A pesquisa indicou que quanto mais jovem o público, maior a rejeição a Israel. A taxa é também a maior da Europa, em detrimento do apoio do governo à ocupação.
A Alemanha vive manifestações de massa contra o genocídio em Gaza, apesar de uma escalada de repressão policial encomendada pelo governo.
Sob pressão popular, o chanceler Friedrich Merz alegou, em 28 de julho, que sua gestão considera ampliar pressão a Israel devido à grave situação humanitária em Gaza, incluindo fome. Entretanto, não corroborou medidas até então.
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Nesta semana, o governo federal negou uma proposta de cinco cidades alemãs — Hanover, Dusseldorf, Bonn, Leipzig e Kiel —, encaminhada em carta, para aceitar crianças doentes ou traumatizadas de Gaza.
O regime alemão distorce seu passado nazista ao apoiar Israel, no contexto do holocausto em Gaza, com 60 mil mortos e dois milhões de desabrigados, sob destruição, cerco e fome, em quase dois anos.
Estima-se 18.500 crianças mortas, além de milhares com desnutrição grave ou amputadas em condições precárias, devido aos bombardeios.
O Estado israelense é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.
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