Izzat al-Rishq, membro do gabinete político do movimento palestino Hamas, acusou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de “tentar acabar com o problema dos prisioneiros israelenses mantidos em Gaza ao matá-los de fome, após falhar em localizá-los ou executá-los via bombardeios”.
Em nota publicada no Telegram neste domingo (3), al-Rishq lamentou que “a fome tenha chegado aos prisioneiros israelenses”; contudo, ressaltou “plena responsabilidade de Netanyahu e seu governo nazista”.
Al-Rishq denunciou “uma guerra de fome e sede contra o povo palestino, cujos efeitos chegaram obviamente aos prisioneiros”.
Na sexta-feira (1º), as Brigadas Izz ad-Din al-Qassam, braço militar do Hamas, divulgaram imagens do soldado israelense Evyatar David, em cativeiro, desnutrido pela campanha de inanição imposta por Israel.
No dia anterior, as Brigadas al-Quds, braço armado do movimento de Jihad Islâmica, publicaram um vídeo de Rom Braslavski, antes de perder contato com o grupo responsável por sua custódia. Braslavski também pareceu frágil.
Sobre o caso, indicou al-Rishq: “Nossos combatentes da resistência tratam seus prisioneiros conforme nossos valores humanos e religiosos. Lhes dão da mesma comida que comem e da mesma água que bebem — a mesma que recebe todo nosso povo”.
Israel ignora apelos internacionais por cessar-fogo ao manter ataques indiscriminados em Gaza, com ao menos 61 mil mortos e dois milhões de desabrigados desde outubro de 2023, em retaliação e punição coletiva a uma operação transfronteiriça do Hamas que capturou colonos e soldados
Quarenta e nove prisioneiros de guerra, vinte e sete presumidos mortos, permanecem em custódia em Gaza, apesar da campanha travada por Israel.








