clear

Criando novas perspectivas desde 2019

Sem ‘ses’: Escócia insta Reino Unido a reconhecer imediatamente a Palestina

1 de agosto de 2025, às 14h44

Primeiro-ministro da Escócia, John Swinney, em Edimburgo, em 24 de junho de 2025 [Ken Jack/Getty Images]

O primeiro-ministro da Escócia, John Swinney, reivindicou do governo do Reino Unido que reconheça imediata e incondicionalmente o Estado independente da Palestina, ao aderir à recente onda ocidental frente ao genocídio de Israel em Gaza.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Seus comentários seguem uma promessa do primeiro-ministro britânico Keir Starmer, nesta semana, de que planeja reconhecer a Palestina em setembro, caso Israel ignore uma série de condições.

Entre as demandas de Starmer: compromisso com uma solução de dois Estados; fim da anexação ilegal de terras na Cisjordânia; e ações para dar fim à “chocante situação em Gaza”. Swinney, porém, insistiu urgência.

Em vídeo postado nas redes sociais, nesta quinta-feira (31), o premiê escocês reiterou: “Vamos falar sobre a Palestina. Nosso primeiro-ministro disse que a Palestina pode ser um Estado soberano — ‘se’. No entanto, não há mais ‘ses’ para mim”.

LEIA: ‘Chamado de Nova York’: França e outros 14 países prometem reconhecer a Palestina

“Tem de haver um Estado soberano palestino declarado agora mesmo”, advertiu. “Tem de haver um cessar-fogo no Oriente Médio. Temos de entregar um cessar-fogo ao povo faminto de Gaza. E Israel tem de remover seus obstáculos neste instante!”

“O povo de Gaza tem sofrido incomensuravelmente”, acrescentou. “Precisamos de paz. Precisamos de dois Estados. Sem ‘ses’. Precisamos já!”

Os apelos da Escócia — parte do Reino Unido — somam-se a promessas de 15 Estados ocidentais, como França, Austrália, Canadá e Portugal, que preconizaram reconhecer a Palestina até setembro, no contexto da Assembleia Geral da ONU.

Para a imprensa israelense, trata-se de um “tsunami político”.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde outubro de 2023, com mais de 60 mil mortos e dois milhões de desabrigados, sob cerco e fome. As vítimas são sobretudo mulheres e crianças.

O Estado israelense é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.

LEIA:  É hora de sanções contra Israel para cessar a carnificina em Gaza