clear

Criando novas perspectivas desde 2019

Eslovênia proíbe comércio de armas, inaugura embargo europeu a Israel

1 de agosto de 2025, às 12h19

Primeiro-ministro da Eslovênia, Robert Golob, em Bruxelas, na Bélgica, em 26 de junho de 2025 [Pier Marco Tacca/Getty Images]

A Eslovênia confirmou nesta quinta-feira (31) sua proibição de importação, exportação e trânsito de armas e equipamentos militares com destino ou origem de Israel, como o primeiro Estado europeu a assumir a medida.

O primeiro-ministro Robert Golob confirmou o embargo, em nota, com início durante uma reunião de gabinete já no mesmo dia.

A medida coincide com uma onda de críticas e esforços políticos de regimes ocidentais frente à crise humanitária em Gaza, sob genocídio de Israel, bem como à incapacidade da União Europeia de agir efetivamente contra as violações.

“Por divergências internas e desunião, a União Europeia é, hoje, incapaz de cumprir de cumprir essa tarefa”, admitiu o comunicado.

Mais cedo, na quinta-feira, o Ministério de Relações Exteriores da Eslovênia convocou o embaixador israelense na capital, Liubliana, para protestar contra o cerco militar a Gaza e a subsequente crise humanitária no enclave.

Na rede social X (Twitter), a pasta afirmou ter convocado o recém-nomeado emissário israelense para tratar da “insuportável catástrofe humanitária em Gaza, causada pelas restrições de acesso a ajuda humanitária urgente”.

O comunicado reivindicou de Israel dar fim à fome e às matanças contra civis.

Em Gaza, são mais de 60 mil mortos e dois milhões de desabrigados, sob bombardeios, destruição e fome endêmica. A campanha de Israel é genocídio, como investigado pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, desde janeiro de 2024.

LEIA: ‘Chamado de Nova York’: França e outros 14 países prometem reconhecer a Palestina