Especialistas das Nações Unidas condenaram Israel nesta terça-feira (29) por utilizar a “sede como arma” contra a população palestina, reportou a agência Anadolu.
Em nota, o grupo de peritos reiterou que “Israel está usando a sede como arma para matar palestinos”, ao descrever o cerco a água e comida como “bomba mortal”, em especial contra bebês e crianças.
Os especialistas lamentaram como “insuportável” as imagens de crianças vitimadas pela fome nos braços de suas mães, ao apontar que a “catástrofe foi prevista” pelas autoridades israelenses, mediante cerco e destruição de infraestrutura civil.
“Como os líderes globais podem dormir à noite com tamanho sofrimento?”, indagou o alerta.
Para o grupo, as ações israelenses em Gaza são “bárbaras” e constituem crime sob o Estatuto de Roma.
“Os ataques intencionais, sistemáticos e generalizados contra os palestinos refletem a imposição deliberada de condições de vida calculadas para levar à destruição toda uma população — isto é, ato de genocídio”, explicou a denúncia.
Os especialistas reivindicaram ainda “emprego imediato de assistência humanitária por vias navais”, a partir dos portos mediterrâneos, incluindo comida, água, equipes e combustível para suprir demandas emergenciais.
“A comunidade internacional tem de agir agora mesmo para dar fim a essa privação ilegal e desumana e garantir restauração urgente do serviço de água e saneamento em Gaza”, acrescentou o alerta.
Estima-se 147 mortos por desnutrição em Gaza, sob cerco israelense — incluindo 88 crianças.
Israel ignora apelos por cessar-fogo e acesso humanitário, ao manter seu genocídio em Gaza há 21 meses, com ao menos 60 mil mortos e dois milhões de desabrigados. As vítimas são, em maioria, mulheres e crianças.
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