O governo de extrema-direita da Hungria, sob a presidência de Viktor Orban, proibiu o trio de rap irlandês Kneecap de entrar no país para tocar em um festival de música, ao repetir difamações de antissemitismo devido ao apoio da banda aos direitos palestinos, bem como sua denúncia do genocídio em Gaza.
As informações são da agência de notícias Reuters.
Em junho, o frontman da banda, Mo Chara, voltou a acusar Israel de crimes de guerra, em performance do Festival de Glastonbury, na Inglaterra.
Na última semana, o regime húngaro instou os organizadores do festival tradicional no Rio Danúbio, realizado anualmente, a cancelarem a participação do Kneecap, marcada para 11 de agosto.
Os organizadores responderam em comunicado, ao rejeitar a revogação de visto como “medida sem precedentes, desnecessária e lamentável”.
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“Os valores do Festival de Sziget Festival implicam em condenarmos o discurso de ódio, bem como garantir o direito fundamental da liberdade artística de expressão a todos os participantes”, declarou a nota. “Cancelamento cultural não é a solução”.
Em postagem na rede social X (Twitter), o Kneecap rechaçou a decisão como ultrajante e diversionismo político, por parte do “governo autoritário” de Orban.
“Não há base legal para tais ações: nenhum membro do Kneecap jamais foi condenado por crime nenhum em nenhum país”, reiterou a banda.
