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Comida entrando em Gaza segue ‘abaixo dos níveis de sobrevivência’, alerta OMS

24 de julho de 2025, às 15h10

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), em Genebra, Suíça, em 27 de maio de 2024 [Fabrice Coffrini/AFP via Getty Images]

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), advertiu nesta quarta-feira (23) para uma escalada na fome na Faixa de Gaza sitiada, ao notar que a entrada de alimentos no território segue “muito abaixo das demandas por sobrevivência”.

“Uma enorme proporção da população está morrendo de fome”, afirmou Ghebreyesus em coletiva de imprensa. “Não sei mais do que chamar senão inanição em massa, feita pelo homem”.

Ghebreyesus destacou que a situação humanitária em Gaza piora a cada dia, em escala alarmante, ao reivindicar ações urgentes da comunidade internacional para assegurar o fluxo humanitário contínuo e desimpedido aos palestinos.

Israel mantém fechamento quase absoluto das travessias de Gaza há mais de 140 dias, após rescindir unilateralmente um acordo de cessar-fogo.

Na quarta-feira, o Ministério da Saúde de Gaza reportou que hospitais registraram dez novas mortes devido por fome e desnutrição em 24 horas, elevando o total estimado a 111 vítimas — sobretudo crianças.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde outubro de 2023, com ao menos 59 mil mortos e dois milhões de desabrigados, sob sítio e destruição. 

A campanha israelense desacata ainda medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, onde o Estado da ocupação é réu por genocídio desde janeiro de 2024.

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