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Israel invade instalações da OMS em Gaza, impõe deslocamento e prende oficiais

23 de julho de 2025, às 14h55

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), em Genebra, Suíça, em 27 de maio de 2024 [Fabrice Coffrini/AFP via Getty Images]

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), confirmou que o exército da ocupação israelense invadiu armazéns e outras instalações de sua agência durante sua recente escalada em Gaza.

“A residência de nossas equipes em Deir al-Balah foi atacada três vezes hoje, de mesmo modo que seu armazém”, reportou Ghebreyesus na segunda-feira (21) na rede social X (Twitter).

Segundo o relato, soldados israelenses entraram no prédio e forçaram a evacuação de mulheres e crianças à zona de al-Mawasi, superlotada, em meio a ataques. “Homens — sejam nossos profissionais ou familiares — foram algemados, despidos e questionados em campo, sob a mira de fuzis”.

Dois funcionários da OMS e dois familiares foram presos. Três foram liberados, embora o quarto — membro do staff — permaneça em custódia. A agência instou sua soltura imediata, bem como proteção de suas equipes.

Ghebreyesus reiterou que o principal armazém da OMS em Deir al-Balah sofreu danos, em um ataque conduzido no domingo (20), incluindo explosões e incêndio.

Conforme o alerta, com o principal armazém fora de serviço e insumos médicos quase exauridos, a OMS luta agora para manter apoio aos hospitais e serviços de emergência em Gaza, já em situação crítica, sem remédios ou combustível.

Ghebreyesus convocou os Estados-membros a “ajudarem a manter um fluxo contínuo e regular de insumos médicos a Gaza”.

O exército israelense não comentou a agressão.

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