Caminhões aguardam carregamento na fronteira de Gaza, em meio a piora humanitária

5 meses ago

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Dezenas de caminhões vazios seguem aguardando autorização de Israel na travessia de fronteira de Zikim, com Gaza, para serem carregados com farinha, alimentos e insumos humanitários, em operação coordenada junto do Programa Alimentar Mundial (PAM), agência das Nações Unidas.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

A situação, no entanto, persiste crítica, à medida que o exército da ocupação israelense insiste em impedir a entrada de comboios humanitários ao enclave devastado por mais de 650 dias de genocídio.

No domingo (20), o PAM condenou disparos de forças israelenses a uma caravana com alimentos rumo ao norte de Gaza, ao descrever a agressão como “inaceitável” e instar, novamente, fim da violência contra civis e seu socorro urgente.

O comboio, com 25 caminhões, entrou em Gaza por Zikim, com suprimentos vitais. No entanto, “a multidão que o cercava foi alvejava por tanques, franco-atiradores e outras armas de fomo”, assim que se aproximou, reportou o PAM em comunicado.

“Essas pessoas simplesmente tentavam conseguir comida para alimentar a si mesmas e a suas famílias, à margem da inanição”, reiterou a nota, ao lamentar “a perda de vidas incontáveis”, bem como feridos.

O PAM criticou ainda a violação de garantias prévias prometidas por Tel Aviv, de que os comboios humanitários não sofreriam intervenção militar.

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Ao menos 79 pessoas foram mortas perto de Zikim, onde civis aguardam alimentos.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza — órgão técnico cujos dados são corroborados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) —, em torno de 1.020 requerentes de ajuda foram mortos desde 27 de maio, além de 6.500 feridos.

As vítimas foram atacadas em postos de distribuição assistencial da chamada Fundação Humanitária de Gaza (GHF, em inglês), mecanismo militarizado imposto por Israel, em parceria com os Estados Unidos.

Gaza enfrenta hoje um dos piores desastres humanitários da história humana. A fome acelerou sua disseminação desde 2 de março, quando autoridades israelenses voltaram a fechar todas as fronteiras.

Sintomas de desnutrição severa se tornaram generalizados, sobretudo entre crianças e pacientes crônicos.

Israel matou mais de 59 mil palestinos, sobretudo mulheres e crianças, desde outubro de 2023, além de destruir hospitais, abrigos e infraestrutura humanitária. As ações são investigadas como genocídio pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.

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