A rede internacional Al Jazeera reforçou nesta quarta-feira (23) um apelo urgente para que a comunidade jornalística, organizações voltadas à liberdade de imprensa e órgãos relevantes tomem ações decisivas para cessar os crimes impostos por Israel, incluindo fome, contra profissionais do setor na Faixa de Gaza.
Em informe, declarou a Al Jazeera: “Por mais de 21 meses, os bombardeios israelenses e sua política de fome contra cerca de dois milhões de pessoas em Gaza levaram toda uma população à margem da sobrevivência”.
“Jornalistas em campo, que têm bravamente reportado o genocídio em curso, arriscam suas vidas e a segurança de suas famílias para levar à luz tais atrocidades”, acrescentou. “Contudo, encontram-se agora entre aqueles lutando para viver”.
Segundo a Al Jazeera, jornalistas seguem alvejados e silenciados.
O alerta mencionou o apelo de Anas al-Sharif, correspondente em Gaza, de 19 de julho, postado nas redes sociais:
“Não parei um minuto de fazer a cobertura em 21 meses. E, hoje, digo francamente, com uma dor indescritível: estou morrendo de fome, tremo de exaustão e tento não desmaiar a cada instante. Gaza está morrendo; nós morreremos com ela”.
Mostefa Souag, diretor-geral da rede de mídia Al Jazeera, comentou a conjuntura: “Nós devemos aos bravos jornalistas em Gaza amplificar suas vozes e dar fim ao sofrimento insuportável que lhes foi imposto, pela fome e ataques das forças israelenses”.A Al Jazeera reivindicou então ação imediata da comunidade internacional, ao advertir que a campanha de genocídio israelense tampouco poupou os jornalistas, incumbidos de “carregar a verdade”.
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