Um novo relatório do Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA) estimou 55 mil mulheres grávidas atualmente em Gaza, sob condições de piora humanitária, devido à campanha militar israelense, incluindo cerco.
O alerta observou que milhares dessas mulheres devem dar à luz no próximo mês, mas que hospitais carecem de suprimentos e equipamentos básicos. Maternidades sofrem pressão extrema, incluindo falta de pessoal, reiterou.
Conforme as estimativas, ao menos 11 mil palestinas grávidas vivem risco de inanição e desnutrição aguda, com ameaça de morte e mesmo sequela permanente a seus bebês, bem como complicações neonatais ou durante o parto.
A agência das Nações Unidas destacou que o cerco em curso, com restrições arbitrárias à entrada de comida e bens médicos, está piorando cada vez mais a crise humanitária. Neste sentido, instou ação internacional urgente, para suprir o mínimo das demandas necessárias das mulheres e crianças.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza — órgão técnico cujos dados são corroborados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) —, ao menos 86 pessoas, entre as quais 76 crianças, morreram de fome e sede desde outubro de 2023.
O gabinete de comunicação do governo local alertou recentemente que o enclave está “à margem de um morticínio em massa”, após 140 dias de fechamento quase absoluto de todas as travessias de fronteira.
Israel ignora apelos por cessar-fogo, ao manter ataques indiscriminados a Gaza há 650 dias, com aos menos 59 mil mortos e dois milhões de desabrigados.
O Estado israelense é réu por genocídio Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.
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