O governo do Reino Unido enfrenta uma ação judicial por sua decisão de não retirar crianças gravemente doentes de Gaza, uma medida que, segundo advogados, contrasta fortemente com as ações britânicas em outros conflitos globais, relata a Anadolu.
A ação, movida em nome de três crianças em Gaza, está sendo movida contra o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério do Interior, informou o The Guardian no sábado.
O governo alega que os ministros do governo não consideraram a grave falta de opções de tratamento disponíveis no território devastado pela guerra antes de rejeitar os pedidos de evacuação médica.
O governo também afirma que a abordagem atual do Reino Unido contrasta com os esforços anteriores para evacuar crianças de zonas de conflito, como os da Guerra da Bósnia na década de 1990 e o atual conflito na Ucrânia.
Carolin Ott, do escritório de advocacia Leigh Day, que lidera a ação judicial, disse ao The Guardian: “O governo do Reino Unido explicou sua falha em facilitar as evacuações médicas de Gaza alegando que apoia opções de tratamento em Gaza e na região circundante e que há vistos disponíveis para tratamento médico com financiamento privado no Reino Unido. No entanto, esses mecanismos são profundamente inadequados para atender às necessidades urgentes das crianças em Gaza.”
Ativistas têm instado o governo a estabelecer uma rota de imigração dedicada para evacuações médicas críticas.
Embora duas crianças tenham sido internadas no Reino Unido para atendimento de urgência em maio por meio da instituição de caridade Project Pure Hope, esse foi o primeiro e único caso desse tipo.
O tratamento foi financiado com financiamento privado, e o pedido da instituição de caridade para uma rota Gaza-Reino Unido financiada pelo governo teria sido recusado.
Até o momento, o Reino Unido não se ofereceu como Estado receptor para evacuações médicas de Gaza. O processo judicial argumenta que a inação dos ministros do governo está deixando crianças gravemente doentes sem opções para salvar suas vidas.
O Ministério das Relações Exteriores e o Ministério do Interior ainda não responderam à ação judicial.








