O Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) advertiu nesta quarta-feira (16) que os palestinos de Gaza ainda enfrentam risco de vida para obterem alimentos, à medida que a fome piora e ataques israelenses continuam.
Em seu último informe, reiterou a agência:
“Somente nesta manhã, houve relatos de dezenas de pessoas mortas e feridas em um dos postos militarizados de Israel”
Segundo o OCHA, na última semana, disparos dos agentes militares nos corredores assistenciais israelo-americanos prosseguiram com dezenas de feridos, requerentes de socorro humanitário urgente.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), de sua parte, confirmou que um rapaz de 21 anos foi permanentemente paralisado após ser baleado por soldados israelenses ao tentar levar um saco de farinha a sua família, em um dos postos em questão.
O OCHA advertiu ainda que meses de escalada israelense tornaram a vida da população vulnerável em Gaza — incluindo idosos e pessoas com deficiência — ainda mais difícil, sem meios para sobreviver ou obter cuidados médicos e instrumentos de acessibilidade.
Segundo pesquisa de um parceiro humanitário do OCHA: “Mais de 80% das pessoas com deficiência em Gaza perderam suas cadeiras de roda, aparelhos auditivos, andadores e outras ferramentas de apoio”.
LEIA: Crianças em Gaza perdem membros dia após dia, reporta grupo internacional
A agência das Nações Unidas acrescentou: “Com sua mobilidade restrita, pessoas vulneráveis sofrem incontáveis desafios, incluindo privação de acesso humanitário, estigmatização e exposição a aparatos explosivos”.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde outubro de 2023, com 58 mil mortos e dois milhões de desabrigados sob cerco e catástrofe de fome. A campanha israelense é investigada como genocídio pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.








