Forças da ocupação israelense demoliram três casas palestinas na Cisjordânia ocupada, nesta quinta-feira (17), reportou a agência Anadolu.
Segundo as informações, tratores militares invadiram a aldeia de Qabatiya, no norte da Cisjordânia, e destruíram as estruturas, pertencentes a três palestinos assassinados por disparos israelenses no último ano.
O exército colonial recorreu ao pretexto — sem provas — de envolvimento das vítimas em ataques contra alvos israelenses. A ação, contra as famílias em luto, representa, no entanto, punição coletiva — crime conforme a lei internacional.
Segundo testemunhas, as demolições ilegais incitaram confrontos.
LEIA: Cartografia do Apartheid Israelense: Gaza e Cisjordânia, duas frentes de desapropriação
Dados oficiais indicam que Israel demoliu 588 estruturas palestinas apenas no primeiro semestre deste ano, afetando 843 pessoas — metade, crianças. No mesmo período, ao menos 556 ordens de demolição foram emitidas, incluindo 322 residências habitadas e 151 estruturas agrárias.
Israel mantém uma escalada na Cisjordânia ocupada, com ao menos 998 mortos e sete mil feridos, paralelamente ao genocídio em Gaza, desde outubro de 2023. Os ataques, com intuito de limpeza étnica, incluem pogroms conduzidos por colonos ilegais.
Em decisão histórica de julho passado, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, reconheceu a ilegalidade da ocupação, ao ordenar a evacuação imediata dos colonos e soldados e reparação aos nativos — contudo, sem anuência.
LEIA: Cristãos apelam ao Vaticano para agir contra violência de Israel na Cisjordânia