Cristãos apelam ao Vaticano para agir contra violência de Israel na Cisjordânia

5 meses ago

Warning: foreach() argument must be of type array|object, null given in /www/wwwroot/monitordooriente.com/wp-content/plugins/amp/includes/templates/class-amp-post-template.php on line 236

Após recentes apelos por ajuda da comunidade cristã de Taybeh, lideranças religiosas intensificaram seus esforços para reivindicar das instituições internacionais, incluindo o pontificado no Vaticano, por pressão para que Israel dê fim a sua escalada de agressões coloniais na Cisjordânia ocupada.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Segundo a imprensa italiana, um dossiê detalhado registrando os recentes ataques de colonos ilegais a fiéis e igrejas palestinas deve ser entregue ao Vaticano nos próximos dias, para análise da Secretaria de Estado e então do pontífice Leo XIV.

Na segunda-feira (14), uma delegação composta pelo enviado da Santa Sé e patriarcas de diversas congregações prestou uma visita de solidariedade a Taybeh, onde centenas de colonos realizam saques, incêndios criminosos e roubo de terras.

Entre a delegação, esteve o Patriarca Latino de Jerusalém ocupada, cardeal Pierbattista Pizzaballa, bem como o vigário-geral da Custódia da Santa Sé, padre Ibrahim Faltas. Dee acordo com Pizzaballa, a Cisjordânia virou “terra sem lei”.

LEIA: Cartografia do Apartheid Israelense: Gaza e Cisjordânia, duas frentes de desapropriação

“Em toda a Cisjordânia — mas não apenas lá — a única lei que prevalece é a do poder, dos mais fortes sobre os mais fracos, e não do direito”, condenou o cardeal. “Devemos trabalhar para garantir o retorno da lei nesta parte do mundo”.

Taybeh, a última aldeia inteiramente cristã da Cisjordânia, com 1.500 habitantes, é alvo há semanas de colonos israelenses que acamparam na região, na tentativa de expulsar os palestinos nativos e expropriar suas casas e terras.

“Houve mortes”, relatou Faltas à rede Vatican News na terça-feira (15). “Pessoas estão sendo expulsas de suas casas. Edifícios, demolidos. Campos, incendiados. Trata-se de ataques covardes contra civis desarmados”.

Para os líderes religiosos, é urgente que instituições relevantes ajam para proteger civis e em nome da paz. Os ataques, alertaram, porém, não devem ser vistos como conflito religioso, mas sim crise política e humanitária.

Israel mantém uma escalada na Cisjordânia ocupada, com ao menos 998 mortos e sete mil feridos, paralelamente ao genocídio em Gaza, desde outubro de 2023. Os ataques, com intuito de limpeza étnica, incluem pogroms conduzidos por colonos ilegais.

Em decisão histórica de julho passado, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, reconheceu a ilegalidade da ocupação, ao ordenar a evacuação imediata dos colonos e soldados e reparação aos nativos. Contudo, sem aval.

LEIA: Exército de Israel prende 35 palestinos, incluindo crianças, na Cisjordânia

Sair da versão mobile