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‘Uma sala de aula por dia’, reporta ONU sobre crianças mortas por Israel em Gaza

16 de julho de 2025, às 15h00

Destruição deixada por ataque israelense a uma escola-abrigo da Agência das Nações Unidas para a Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), no campo de refugiados de Nuseirat, em Deir al-Balah, Gaza, em 15 de julho de 2024 [Abed Rahim Khatib/Agência Anadolu]

A Agência das Nações Unidas para a Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) estimou que, desde outubro de 2023, o exército israelense matou o equivalente a uma sala de aula cheia de crianças por dia.

“Desde o início do genocídio em Gaza, em média, uma sala de aula lotada de crianças é morta todos os dias”, destacou Sam Rose, diretor interino da agência para Gaza.

Antes da deflagração da crise, que converteu as escolas da UNRWA em abrigos para os deslocados à força, o número de estudantes por classe orbitava entre 35 e 45 alunos, a depender dos recursos disponíveis.

As crianças estão entre as principais vítimas do genocídio realizado por Israel, ainda em curso, com 18 mil mortes e quase 17 mil admitidas nos hospitais. A infância em Gaza é também subjugada por ondas de deslocamento, fome e sede.

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Segundo a UNRWA, crianças constituem metade da população de Gaza — que totaliza 2.4 milhões de pessoas.

A campanha israelense no enclave sitiado — investigada como genocídio pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia — deixou mais de 197 mil civis mortos e feridos, além de 11 mil desaparecidos e dois milhões de desabrigados.

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