Exército de Israel renova ordens de evacuação no norte e centro de Gaza

5 meses ago

Warning: foreach() argument must be of type array|object, null given in /www/wwwroot/monitordooriente.com/wp-content/plugins/amp/includes/templates/class-amp-post-template.php on line 236

O exército da ocupação israelense renovou nesta terça-feira (15) ordens de evacuação “imediata” a bairros da Cidade de Gaza e províncias no norte do território sitiado, em meio a sua campanha genocida contra o povo palestino.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Em nota, Avichay Adraee, porta-voz do exército israelense, alertou famílias palestinas a evacuarem diversas áreas do centro e norte do enclave, após ordens similares emitidas reiteradamente ao longo de junho.

As áreas da Cidade de Gaza mencionadas pela nota abrangem al-Zeitoun, Cidade Velha, Turkman, al-Jadida, al-Daraj, al-Sabra e al-Tuffah. No norte: Jabalia — campo e bairros residenciais —, al-Rawdah, al-Nahda, al-Zuhur, al-Noor, al-Salam e Tal al-Zaatar.

Conforme as forças ocupantes, famílias nas áreas citadas devem se mover às pressas à região ocidental de al-Mawasi — “zona humanitária de segurança”, superlotada e que sofre de exponencial escassez de bens e serviços.

Mesmo al-Mawasi, constituída sobretudo por tendas, enfrenta bombardeios.

LEIA: Indignação: Em vídeo, mercenários dos EUA celebram ao atirar em palestinos

O exército israelense justificou o novo deslocamento compulsório por “aumento no uso da força para destruir o inimigo e organizações hostis, com combate se estendendo em direção oeste até a cidade central”.

Segundo dossiê divulgado pelo Escritório de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) na semana passada, desde 18 de março, Israel emitiu 54 ordens de evacuação, cobrindo 297 km² ou 81% do território de Gaza.

“Sem ter para onde ir, muitas pessoas buscam refúgio em locais superlotados, abrigos improvisados, prédios danificados, ruas e áreas abertas”, indicou o relatório. “Famílias estão sendo confinadas a espaços cada vez menores”.

O documento detalhou que, em 9 de julho, cerca de 86% de Gaza estaria subjugada em zonas militarizadas israelenses, posta sob ordens de deslocamento ou ambos desde 18 de março, quando Tel Aviv implodiu o cessar-fogo.

Israel ignora apelos internacionais ao manter sua ofensiva indiscriminada a Gaza desde outubro de 2023, com mais de 58.400 mortos, em maioria mulheres e crianças, e dois milhões de desabrigados, sob condições de fome e epidemias.

Em novembro, o Tribunal Penal Internacional (TPI), sediado em Haia, emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e lesa-humanidade em Gaza.

O Estado israelense é ainda réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), também em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.

LEIA: Propaganda de Israel sai pela culatra e reforça privação humanitária em Gaza

Sair da versão mobile