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Crise interna: Chefe militar rejeita plano de Netanyahu para ‘concentração’ em Rafah

15 de julho de 2025, às 16h17

Reunião de gabinete do governo israelense em Jerusalém ocupada, em 17 de janeiro de 2025 [Koby Gideon/Divulgação/Anadolu via Getty Images]

O Canal 12 da televisão israelense reportou na segunda-feira (14) que Eyal Zamir, chefe do Estado-maior do exército da ocupação, objetou publicamente um plano do premiê Benjamin Netanyahu para instituir uma “cidade humanitária” em Rafah.

Para Zamir, o plano é “impraticável” e “não corresponde com os objetivos de guerra”.

Conforme o esquema, centenas de milhares de civis seriam deslocados ao extremo sul do enclave, em condições denunciadas como campo de concentração. 

Durante recente reunião de segurança com lideranças políticas, segundo a imprensa, o comandante israelense expressou sua oposição, ao apontar: “Mais buracos [no plano] do que em um queijo suíço”.

“Há incontáveis problemas no plano”, acrescentou. “Não estou convencido de que ele corresponda com nossos objetivos de guerra”.

Israel — sob ordens de Netanyahu e comando de Zamir — comete genocídio em Gaza, com 57 mil mortos em 640 dias, em maioria mulheres e crianças, além de dois milhões de desabrigados sob catástrofe de fome.

O Estado israelense é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia. Netanyahu é foragido internacional, sob mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI), na mesma cidade, deferido em novembro.

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