Ataques de colonos atrasam comboio jordaniano com destino a Gaza

5 meses ago

Warning: foreach() argument must be of type array|object, null given in /www/wwwroot/monitordooriente.com/wp-content/plugins/amp/includes/templates/class-amp-post-template.php on line 236

Ataques de colonos israelenses a um comboio humanitário que partiu da Jordânia, com destino a Gaza, atrasaram sua chegada em ao menos 24 horas.

Colonos extremistas, sob incitação aberta do governo em Tel Aviv, atacaram dezenas de caminhões com insumos urgentes à população palestina, nesta segunda-feira (14), com danos aos veículos e a carga e impedindo a ajuda de chegar a seu destino.

Segundo relatos compilados pela emissora Al-Mamlaka TV, apenas 29 das 50 remessas conseguiram entrar em Gaza até então — o restante segue nas estradas, sob bloqueio de colonos e soldados.

A Organização Beneficente Hachemita da Jordânia (JHCO) anunciou no domingo (13) o envio de 50 caminhões com alimentos a Gaza.

O comboio foi então realizado em parceria com o Programa Alimentar Mundial (PAM), agência das Nações Unidas, bem como as Forças Armadas da Jordânia.

LEIA: Gaza: desnutrição aguda atinge níveis sem precedentes em duas clínicas de MSF

A entidade beneficente insistiu que o intuito é chegar às famílias mais afetadas de Gaza e que a distribuição se daria por canais locais, apesar do cerco e bombardeios.

Desde a deflagração do genocídio israelense, o corredor humanitário jordaniano diz ter realizado envios por 7.815 caminhões e 53 aviões, via al-Arish, na fronteira com Egito, além de 102 helicópteros. 

Como convidado de um encontro ministerial da União Europeia, em Bruxelas, Ayman Safadi, ministro de Relações Exteriores da Jordânia, destacou que dar fim à ofensiva de Israel é prioridade, ao alertar para a situação “catastrófica” e instar ajuda.

“A Jordânia está pronta para enviar centenas de caminhões todos os dias a Gaza, se as restrições israelenses forem suspensas”, alegou o chanceler.

O regime hachemita, contudo, sofre pressão da população — em grande parte, filhos e netos de refugiados palestinos — por um posicionamento mais proativo sobre a crise, bem como ruptura de relações com o regime ocupante.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde outubro de 2023, com ao menos 57 mil mortos e dois milhões de desabrigados, sob cerco e fome. As ações constituem genocídio, investigado pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia.

LEIA: Brasil se une à África do Sul na ONU em denúncia contra Israel por genocídio

Sair da versão mobile