Cerco israelense mata 67 crianças de fome em Gaza, desde outubro de 2023

5 meses ago

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Ao menos 67 crianças palestinas morreram de fome em Gaza desde outubro de 2023, enquanto Israel mantém seu cerco absoluto ao território há 103 dias, após implodir um acordo de cessar-fogo, reportou neste sábado (12) o governo local.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Segundo o alerta, o número pode crescer drasticamente, com mais de 650 mil crianças abaixo de cinco anos de idade submetidas a desnutrição grave, com iminente risco de morte, devido à negativa contínua de alimento, remédios e combustível.

“A fome está matando agora o que as bombas não mataram”, destacou a comunicação do governo, ao caracterizar o cerco em curso como “uma das formas mais extremas de punição coletiva jamais impostas na história moderna”.

“Dezenas de mortes foram registradas somente nos últimos três dias, à medida que as forças de Israel continuam a impedir entrada de farinha, fórmula para bebês e crianças e suprimentos vitais tanto médicos quanto nutricionais”.

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O comunicado denunciou Israel por “impor deliberadamente uma política de fome em massa”. Estima-se que 1.25 milhão de pessoas em Gaza vivem fome catastrófica, e 95% da população, incluindo um milhão de crianças, insegurança alimentar aguda.

O governo de Gaza responsabilizou Israel por sua “campanha sistemática e organizada de inanição”, e culpabilizou, moral e legalmente, agentes internacionais por seu apoio direto, conivência ou silêncio.

“Soamos o alarme: trata-se de uma sentença de morte em massa executada diante dos olhos de todo o mundo”, ressaltou a nota. “Uma intervenção internacional urgente não é opcional — é questão de vida ou morte”.

Israel ignora apelos internacionais por cessar-fogo ao manter ataques indiscriminados a Gaza desde outubro de 2023, com 57.800 mortos e dois milhões de desabrigados — as vítimas, em grande maioria, são mulheres e crianças.

O Estado israelense é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.

Seus líderes — o premiê Benjamin Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant — são foragidos em 120 países, sob mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI), também em Haia, emitido em novembro.

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