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Banir imprensa internacional de Gaza busca esconder atrocidades, alerta ONU

11 de julho de 2025, às 15h05

Philippe Lazzarini, comissário-geral da Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), em Berlim, na Alemanha, em 24 de junho de 2025 [Halil Sagirkaya/Agência Anadolu]

Philippe Lazzarini, comissário-geral da Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), reiterou nesta quinta-feira (10) que os esforços das autoridades israelenses para impedir a imprensa internacional de entrar em Gaza, há 640 dias, têm como intuito esconder atrocidades contra civis.

Lazzarini reiterou que as vítimas incluem um milhão de crianças, em situação extrema.

Em postagem na rede social X (Twitter), o oficial das Nações Unidas advertiu que o sítio midiático, imposto por Israel na forma de restrições de acesso e ataques diretos, busca “agravar a desumanização e inibir a compaixão” sobre os palestinos.

Para Lazzarini é “a proibição da verdade e da cobertura independente”.

O oficial saudou ainda o papel — em condições de risco — de jornalistas palestinos em campo, que cobrem o genocídio de seu povo em tempo real.

Dados do Ministério da Saúde de Gaza estimam 229 trabalhadores de imprensa mortos por Israel desde 7 de outubro de 2023, dentre os 57 mil mortos no total.

O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) calcula cerca de 180 jornalistas mortos, mas reconhece subnotificação.

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