Izzat al-Rishq, oficial sênior do grupo palestino Hamas, reiterou nesta terça-feira (8) que Gaza “não se renderá” e que os termos de um eventual acordo serão dados conforme a resistência e não sob as imposições de Israel.
Em nota divulgada em seu Telegram, al-Rishq caracterizou os recentes comentários do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sobre soltura incondicional de presos de guerra e rendição do Hamas, como reflexo de “delírio e derrota mental — e não das realidades em campo”.
“Após os líderes do inimigo terem admitido seu absoluto fracasso em recuperar nossos prisioneiros de guerra via operações militares, torna-se evidente que a única forma de assegurar sua soltura é via um acordo sério junto à resistência”, apontou al-Rishq.
O oficial insistiu que a resistência palestina já impôs novas dinâmicas e condições tanto em campo quanto na arena pública e deve continuar a fazê-lo.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza há quase 640 dias, com 57.600 mortos e dois milhões de desabrigados, em condições de fome, doença e miséria.
Em novembro, o Tribunal Penal Internacional (TPI), radicado em Haia, emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e lesa-humanidade em Gaza.
O Estado israelense é ainda réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), também em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.
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