O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) alertou que dezenas de milhares de mulheres grávidas e lactantes na Faixa de Gaza sitiada, sob ataques de Israel, estão em condições de fome extrema, com impacto devastadores aos recém-nascidos.
“Bebês estão nascendo cedo demais, pequenos demais”, destacou o Gabinete Regional para os Estados Árabes do UNFPA, em comunicado compartilhado nesta terça-feira (8) na rede social X (Twitter). “Recém-nascidos vivem risco de morte ou sequelas para toda a vida”.
Segundo a nota, ao menos 50 mil grávidas e lactantes de Gaza “não comem há dias”, ao afetar sua capacidade de amamentar e alimentar as crianças, especialmente diante da indisponibilidade de fórmula infantil devido ao cerco israelense.
A agência descreveu a situação como “evitável”, ao pedir acesso humanitário urgente, pela campanha #OpenUpGaza, com a mensagem “Deixem entrar a ajuda”.
As Nações Unidas confirmam que o acesso humanitário a Gaza segue restrito, ao piorar a catástrofe vivenciada pelas populações vulneráveis, sobretudo mulheres e crianças. A UNFPA e outras agências seguem manifestando apelos por fluxo assistencial adequado.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza há quase 640 dias, com 57.600 mortos e dois milhões de desabrigados, em condições de fome, doença e miséria.
Em novembro, o Tribunal Penal Internacional (TPI), radicado em Haia, emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e lesa-humanidade em Gaza.
O Estado israelense é ainda réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), também em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.
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