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Corte tunisiana condena Ghannouchi e opositores do regime a décadas de prisão

9 de julho de 2025, às 14h03

Rached Ghannouchi, líder do partido Ennahda, em Túnis, capital da Tunísia, em 21 de setembro de 2022 [Yassine Gaidi/Agência Anadolu]

A Corte Primária de Túnis, capital da Tunísia, deferiu nesta terça-feira (8) novas penas a réus do chamado “Caso de Conspiração nº 2”, de 12 a 35 anos de prisão. As sentenças mais severas foram emitidas in absentia, a indivíduos exilados.

Apenas um réu foi absolvido.

Rached Ghannouchi, chefe do movimento Ennahda, opositor do presidente Kais Saied, foi condenado a 14 anos de prisão. Ghannouchi se recusou a comparecer em juízo, ao insistir no boicote aos processo e inquéritos movidos pelo Estado.

Ghannouchi permanece em custódia desde abril de 2023, sob diversas penas em uma série de casos que organizações internacionais de direitos humanos denunciam por sua “natureza política”.

A decisão condenou o atual líder do Ennahda, Habib Ellouze, e o ex-prefeito de Ezzahra, Rayan Hamzawi, a 12 anos de prisão.

Diversos exilados foram sentenciados à pena máxima, incluindo Nadia Akacha, ex-chefe de gabinete da presidência; Moaaz Ghannouchi, filho de Rached; e o jornalista Maher Zaid; além de Adel Daadaa, Rafik Abdessalam, Lotfi Zitoun e outros.

A Tunísia vive instabilidade desde julho de 2021, quando Saied destituiu o legislativo e assumiu poderes quase absolutos.

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