Um artigo publicado pelo jornal em hebraico Maariv revelou a crise na performance do exército israelense na Faixa de Gaza, ao destacar “colapso” das forças de infantaria, em contraste a suposta superioridade aérea frente o Irã.
O texto considerou como disparidade a descoberta da fragilidade do sistema de defesa de Israel, na falta de tropas eficazes em terra, por conta de uma negligência duradoura na preparação do campo doméstico, em oposição à dependência na força aérea.
De acordo com a análise, as lideranças políticas e militares não perceberam a dimensão das transformações fundamentais nos métodos contemporâneos de guerra, sobretudo a importância do front doméstico e a demanda por infantaria e fronteiras.
O texto caracterizou a campanha em Gaza como “mal orientada”, ao causar a exaustão das tropas israelenses sem obter, porém, quaisquer objetivos declarados, como dar fim à presença do Hamas ou libertar os colonos capturados pela resistência.
O artigo concluiu ao alertar para escalada de ameaças, internas e externas, e assegurar que a continuidade da guerra serve somente interesses políticos estreitos, sem o que descreveu como “clara visão estratégica”.
O Estado israelense é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.
A campanha — com 56 mil mortos, sobretudo mulheres e crianças — segue a despeito das denúncias globais. Para analistas, serve a interesses pessoais do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, foragido em 120 países sob mandado emitido em novembro pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), também em Haia.