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Israel sofre falta crítica de mísseis de interceptação, EUA alertam para racionamento

18 de junho de 2025, às 11h50

Sistemas antimísseis israelenses tentam interceptar disparos iranianos, em Tel Aviv, em 15 de junho de 2025 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

Israel está esgotando, de forma crítica, seus principais sistemas de defesa antimísseis, sobretudo o sistema Flecha, sob baterias intensivas de disparos do Irã, notou um oficial americano à rede The Wall Street Journal

Segundo as informações, a falta de interceptadores alarmou Washington, que crê que Israel será forçado a racionar defesas aéreas até o fim desta semana.

“O sistema já está sobrecarregado”, destacou uma fonte.

Embora Israel mantenha interceptações, oficiais admitem que mísseis estão rompendo as defesas, incluindo a infraestrutura crítica.

O sistema Flecha, desenvolvido conjuntamente por Israel e Estados Unidos, é projetado para interceptar mísseis balísticos de longa distância. No entanto, desde o ataque não-provocado de Israel na sexta-feira (13), a resposta iraniana abrangeu mais 370 mísseis e centenas de drones.

Embora o exército israelense insista em continuar “preparado para lidar com qualquer cenário”, se recusa a comentar sobre a eventual escassez de munições.

Analistas alegam os ataques prévios alvejavam alvos remotos, como a base aérea de Nevatim, no deserto do Negev, enquanto a nova bateria se destina a Tel Aviv e centros povoados, ao indicar maiores riscos nas falhas de interceptação.

Somando-se às apreensões, o Pentágono também exauriu boa parte de seu arsenal de interceptadores regionais, ao transferi-los a Israel. Para o Wall Street Journal, defesas podem estar comprometidas.Análises de inteligência, obtidas pelo Washington Post, sugerem que o atual inventário deve sustentar, no máximo, dez ou 12 dias das baterias em curso.

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