A Coalizão da Flotilha da Liberdade, iniciativa civil pelo fim do cerco israelense a Gaza, confirmou nesta segunda-feira (16) o retorno para casa, via Jordânia, dos três ativistas remanescentes sequestrados por Israel, em águas internacionais.
Os 12 tripulantes do veleiro Madleen, parte da Flotilha, tentavam levar a Gaza insumos humanitários, quando foram abordados ilegalmente por comandos israelenses, que os sequestraram e confiscaram a carga.
O Ministério de Relações Exteriores israelense reportou nesta manhã a transferência à Jordânia, via ponte de Allenby, do cidadão holandês Marco van Rennes e dos franceses Pascal Maurieras e Yanis Mhamdi.
Entre os tripulantes sequestrados, esteve a ativista sueca Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila, posto na solitária como tentativa de intimidação.
Ávila retornou ao Brasil na quinta-feira (12) após quatro dias em custódia ilegal.
Na tarde de domingo (15), participou de ato em São Paulo pelo fim do cerco a Gaza e ruptura de relações Brasil–Israel.
Em Gaza, são 55 mil mortos e dois milhões de desabrigados sob catástrofe de fome em mais de 600 dias.
Sob pressão de diplomacia e relações públicas, para além de crise interna, o regime do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu reagiu à conjuntura com ataques ao Irã, fomentando apreensões de expansão da guerra.
Netanyahu — além de seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant — é foragido em mais de 120 países, sob mandado de prisão emitido em novembro passado pelo Tribunal Penal Internacional, em Haia, por crimes de guerra e lesa-humanidade.
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