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Israel liberta três últimos ativistas do Madleen, confirma Flotilha da Liberdade

17 de junho de 2025, às 02h54

Thiago Ávila, membro da Flotilha da Liberdade, sequestrado por uma semana em Israel, fala a multidão em protesto na Praça Roosevelt, em São Paulo, Brasil, em 15 de junho de 2025 [Ratib Al Safadi/Agência Anadolu]

A Coalizão da Flotilha da Liberdade, iniciativa civil pelo fim do cerco israelense a Gaza, confirmou nesta segunda-feira (16) o retorno para casa, via Jordânia, dos três ativistas remanescentes sequestrados por Israel, em águas internacionais.

Os 12 tripulantes do veleiro Madleen, parte da Flotilha, tentavam levar a Gaza insumos humanitários, quando foram abordados ilegalmente por comandos israelenses, que os sequestraram e confiscaram a carga.

O Ministério de Relações Exteriores israelense reportou nesta manhã a transferência à Jordânia, via ponte de Allenby, do cidadão holandês Marco van Rennes e dos franceses Pascal Maurieras e Yanis Mhamdi.

Entre os tripulantes sequestrados, esteve a ativista sueca Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila, posto na solitária como tentativa de intimidação.

Ávila retornou ao Brasil na quinta-feira (12) após quatro dias em custódia ilegal.

Na tarde de domingo (15), participou de ato em São Paulo pelo fim do cerco a Gaza e ruptura de relações Brasil–Israel.

Em Gaza, são 55 mil mortos e dois milhões de desabrigados sob catástrofe de fome em mais de 600 dias.

Sob pressão de diplomacia e relações públicas, para além de crise interna, o regime do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu reagiu à conjuntura com ataques ao Irã, fomentando apreensões de expansão da guerra.

Netanyahu — além de seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant — é foragido em mais de 120 países, sob mandado de prisão emitido em novembro passado pelo Tribunal Penal Internacional, em Haia, por crimes de guerra e lesa-humanidade.

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