Knesset israelense rejeita proposta de dissolução, com derrota da oposição

A oposição israelense falhou em aprovar um projeto de lei para dissolver o parlamento (Knesset), reportou nesta quinta-feira (12) o Canal 14 da televisão local. Sessenta e um dos 120 deputados votaram contra a legislação.

Cinquenta e três votaram favoravelmente.

Antes do voto, partidos ultraortodoxos capitularam contrariamente à lei, após anúncio de um acordo preliminar com o representante do governo e chefe do Comitê de Defesa e Relações Exteriores, Yuli Edelstein, sobre o recrutamento militar obrigatório.

A questão é motivo de controvérsia para a comunidade, que se vê incumbida da tarefa ideológica (moral) do regime colonial na Palestina. Neste sentido, os partidos Judaísmo Unido do Torá e Shas ameaçaram romper com o governo.

Partidos de oposição, incluindo Yesh Atid, do ex-premiê, Yair Lapid e Yisrael Beiteinu, do ex-ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, confirmaram introduzir do projeto na última quarta-feira (4). A votação ficou marcada para 11 de junho.

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Neste contexto, Yair Golan, líder do Partido Democrata israelense, alertou que a guerra em Gaza “perdeu sua justificativa [sic], ao se transformar em uma guerra política para manter o governo de Benjamin Netanyahu no poder”.

Netanyahu é foragido em 120 países, por crimes de guerra e contra a humanidade em Gaza, sob mandado de prisão emitido em novembro pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia.

Israel vive uma crise institucional há anos, com sucessivas eleições inconclusivas. Após hiato, Netanyahu voltou ao poder no fim de 2022, via coalizão de ultradireita.

As próximas eleições devem ocorrer no fim de 2026, caso se siga o calendário previsto ou não haja convocatória de um pleito antecipado.