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Colonos israelenses põem fogo em campos de oliveiras na Cisjordânia

1 de junho de 2025, às 17h59

Palestinos nativos examinam oliveiras em suas terras, após ataques de colonos ilegais israelenses, no distrito de Yatta, em Hebron, na Cisjordânia ocupada, em 24 de maio de 2025 [Mamoun Wazwaz/Agência Anadolu]

Colonos ilegais israelenses atearam fogo a campos de oliveiras pertencentes a famílias palestinas nesta sexta-feira (30), ao norte de Ramallah, na região central da Cisjordânia ocupada, ao estabelecerem um posto avançado a leste, reportou a mídia local.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

A agência oficial palestina Wafa confirmou incêndios criminosos em olivais próximos a Ras al-Deir, na região de Sinjil, com danos extensivos.

Simultaneamente, colonos israelenses instalaram uma tenda a cerca de 500 metros de residências palestinas na aldeia de al-Mughayir, na região de al-Qale’ — considerado o primeiro passo rumo a um assentamento ilegal.

Forças israelenses invadiram também a aldeia al-Lubban al-Sharqiya, ao sul de Nablus, disparando munição real e gás lacrimogêneo, com dezenas de casos de asfixia. Relatos locais apontaram para fechamento de lojas e ataques a civis.

A violência colonial na Cisjordânia registrou nova escalada nos dias recentes, incluindo ataques a veículos, casas e terras agrárias.

Estimativas palestinas notaram 341 ataques coloniais na região em maio.

Desde o início do genocídio em Gaza, em outubro de 2023, mais de 970 pessoas foram mortas na Cisjordânia por ações de Israel, além de sete mil feridos e até 12 mil detidos arbitrariamente, incluindo mulheres e crianças.

Em julho de 2024, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, admitiu a ilegalidade da ocupação na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, ao ordenar evacuação imediata de colonos e soldados e reparação aos nativos.

Em setembro, a decisão avançou a resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, com maioria absoluta dos votos e prazo de um ano para ser implementada.

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