Colonos ilegais israelenses atearam fogo a campos de oliveiras pertencentes a famílias palestinas nesta sexta-feira (30), ao norte de Ramallah, na região central da Cisjordânia ocupada, ao estabelecerem um posto avançado a leste, reportou a mídia local.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
A agência oficial palestina Wafa confirmou incêndios criminosos em olivais próximos a Ras al-Deir, na região de Sinjil, com danos extensivos.
Simultaneamente, colonos israelenses instalaram uma tenda a cerca de 500 metros de residências palestinas na aldeia de al-Mughayir, na região de al-Qale’ — considerado o primeiro passo rumo a um assentamento ilegal.
Forças israelenses invadiram também a aldeia al-Lubban al-Sharqiya, ao sul de Nablus, disparando munição real e gás lacrimogêneo, com dezenas de casos de asfixia. Relatos locais apontaram para fechamento de lojas e ataques a civis.
A violência colonial na Cisjordânia registrou nova escalada nos dias recentes, incluindo ataques a veículos, casas e terras agrárias.
Estimativas palestinas notaram 341 ataques coloniais na região em maio.
Desde o início do genocídio em Gaza, em outubro de 2023, mais de 970 pessoas foram mortas na Cisjordânia por ações de Israel, além de sete mil feridos e até 12 mil detidos arbitrariamente, incluindo mulheres e crianças.
Em julho de 2024, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, admitiu a ilegalidade da ocupação na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, ao ordenar evacuação imediata de colonos e soldados e reparação aos nativos.
Em setembro, a decisão avançou a resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, com maioria absoluta dos votos e prazo de um ano para ser implementada.
LEIA: Israel comete crimes de guerra diários em Gaza e Cisjordânia: Ex-premier