O exército israelense matou 16.278 crianças ao longo do genocídio em Gaza, em curso desde 7 de outubro de 2023, o que equivale a uma criança a cada 40 minutos, reportou nesta segunda-feira (5) o Ministério da Saúde palestino.
Segundo a pasta, entre os mortos, ao menos 908 são bebês com menos de um ano de idade, além de 311 crianças nascidas e mortas no decorrer do genocídio.
O ministério voltou a alertar para a catástrofe humanitária e de saúde que assola Gaza, devido aos 18 meses de ataques israelenses, com destruição generalizada e condições trágicas, sobretudo a crianças, mulheres e idosos.
Marwan al-Hams, diretor do Departamento de Hospitais de Campo da pasta, destacou que o cerco israelense, com fechamento de todas as fronteiras há mais de dois meses, exacerbou a crise sanitária.
Centros de saúde primária foram fechados pelos bombardeios ou por estarem situados em “áreas de evacuação”, destacou al-Hams, ao privar milhares de crianças e grávidas de cuidados básicos.
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Al-Hams notou que vacinas contra a poliomielite permanecem proibidas de entrar em Gaza, de modo a ameaçar as medidas para prevenção da doença.
O ministério registrou ainda 57 crianças mortas por desnutrição, sob carência extrema de leite e outros insumos, sobretudo a crianças com necessidades especiais.
Al-Hams ressaltou que depender de somente uma refeição incompleta por dia causou emagrecimento extremo e desnutrição entre as crianças.
Segundo o oficial, as crianças permanecem “privadas de sequer beber água potável ou comer refeições adequadas, por conta dos ataques da ocupação à infraestrutura e sua negativa de entrada assistencial”.
O ministério documentou também assassinatos de crianças que tentavam obter rações alimentares, doadas por instituições beneficentes, sob bombardeio direto.
