![Walid Jumblatt (E), ex-líder druso do Partido Socialista Progressista (PSP) do Líbano, aperta a mão do líder do Hayat Tahrir al-Sham (HTS), Ahmed al-Sharaa (também conhecido como Abu Mohammad al-Jolani) (D), durante visita a Damasco em 22 de dezembro de 2024. [AFP via Getty Images]](https://www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2025/05/GettyImages-2190410175.webp)
O presidente sírio, Ahmed al-Sharaa, se encontrou na sexta-feira com o líder druso libanês Walid Jumblatt em Damasco em meio a tensões e aos repetidos ataques de Israel na Síria sob o pretexto de proteger a comunidade drusa, relata a Anadolu.
A agência de notícias estatal síria, SANA, informou que o encontro ocorreu no palácio presidencial, sem fornecer detalhes.
Jumblatt deixou o palácio sem fazer nenhuma declaração, de acordo com um correspondente da Anadolu.
Sua visita ocorre após a violência de quarta-feira, desencadeada pela circulação de uma gravação de voz considerada ofensiva ao profeta Maomé, o que desencadeou tensões sectárias e pedidos de vingança nas redes sociais, de acordo com o Ministério do Interior sírio.
Dezesseis civis e agentes de segurança foram mortos em ataques de “grupos fora da lei” em Ashrafiyat Sahnaya, uma cidade predominantemente drusa a 12 quilômetros do centro de Damasco, no sul da Síria, informaram autoridades na quarta-feira.
Jumblatt pediu uma investigação transparente sobre os recentes confrontos mortais em Jaramana e Ashrafiyat Sahnaya.
O exército israelense realizou um ataque aéreo na sexta-feira perto do palácio presidencial na capital síria.
Autoridades israelenses alegaram que o ataque foi uma mensagem contra a presença de grupos armados perto do sul de Damasco e qualquer ameaça potencial à comunidade drusa.
O momento do ataque é visto como particularmente provocativo, ocorrendo horas depois de importantes líderes da comunidade drusa divulgarem um vídeo reafirmando seu compromisso com a unidade da Síria e rejeitando qualquer forma de divisão ou separatismo.
Observadores disseram que o ataque busca explorar divisões sectárias, especialmente dentro da comunidade drusa, para justificar a intervenção e pressionar pela fragmentação.
Damasco tem afirmado repetidamente que todos os grupos religiosos e étnicos na Síria são iguais em direitos e representação.
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