Presidente da Palestina pede ao Hamas que deponha as armas

8 meses ago

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O presidente palestino, Mahmoud Abbas, pediu, na quarta-feira (23), ao Hamas que deponha as armas e entregue a administração de Gaza à Autoridade Palestina, parte dos esforços para responder às dúvidas internacionais sobre o papel da Autoridade em um momento crucial para a região, segundo a Reuters.

Abbas discursou em um conselho de liderança que deve nomear um sucessor esta semana, em meio à pressão de potências ocidentais e árabes preocupadas com a capacidade da Autoridade Palestina de desempenhar um papel viável a longo prazo nos esforços de paz.

Embora Abbas já tivesse pedido ao Hamas que colocasse suas forças sob o controle da Autoridade Palestina, ele não o fez desde o início da guerra em Gaza, quando os combatentes do grupo atacaram Israel, provocando uma feroz retaliação militar israelense.

O Hamas matou cerca de 1.200 pessoas e fez cerca de 250 reféns em seu ataque de 7 de outubro de 2023, de acordo com dados israelenses.

Entretanto, desde então, foi revelado pelo Haaretz que helicópteros e tanques do exército israelense, de fato, mataram muitos dos 1.139 soldados e civis que Israel alega terem sido mortos pela Resistência Palestina.

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A campanha israelense já matou mais de 50.000 pessoas, segundo autoridades de saúde locais, e deixou grande parte de Gaza em ruínas.

Os esforços diplomáticos para elaborar um plano para o futuro de Gaza têm se concentrado em afastar o Hamas, mas Israel também afirmou que não aceitará nenhum papel para a AP, que exerce autonomia limitada na Cisjordânia.

“O Hamas deve entregar suas responsabilidades em Gaza e entregar suas armas à Autoridade Palestina e se transformar em um partido político”, disse Abbas.

O Hamas, que expulsou a AP de Gaza durante uma breve guerra civil em 2007, recusou os apelos de Israel e dos Estados Unidos nos últimos meses para depor as armas.

Pressão para nomear um sucessor

Abbas discursava perante o Conselho Central da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que detém o status de observador nas Nações Unidas como representante legítimo do povo palestino e domina a AP.

Abbas, de 89 anos, assumiu a liderança palestina após a morte do veterano líder da OLP, Yasser Arafat, em 2004. Ele resistiu durante anos a nomear um substituto ou sucessor, mas a guerra em Gaza intensificou a pressão para que o fizesse.

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No mês passado, os Estados árabes propuseram um plano pós-guerra para que Gaza fosse temporariamente administrada por um comitê antes de ser devolvida ao controle da AP. Os Estados Unidos, a União Europeia e as monarquias do Golfo, que devem desempenhar um papel no financiamento de qualquer reconstrução de Gaza no pós-guerra, têm repetidamente instado a uma reforma da AP.

Abbas criticou o ataque liderado pelo Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 – que não ocorreu de forma isolada, mas seguiu um cerco israelense de décadas a Gaza – que, segundo ele, deu a Israel um pretexto para destruir Gaza. Israel lançou sua campanha militar contra o Hamas em Gaza após o ataque liderado pelo Hamas.

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