Em agosto passado, o exército publicou fotos de um suposto túnel na área desmilitarizada ao longo da fronteira.
“Nunca houve um túnel, mas sim um canal coberto de terra”, afirmou a KAN.
O objetivo dessa mentira “era exagerar a importância do Corredor Filadélfia e atrasar um acordo de reféns”, acrescentou.
De acordo com a KAN, o ex-ministro da Defesa israelense Yoav Gallant apoiou as descobertas, afirmando: “Não se tratava de um túnel, mas sim de uma tentativa de impedir um acordo de cessar-fogo”.
Gallant esclareceu que a estrutura tinha apenas cerca de um metro de profundidade e foi enganosamente apresentada ao público como um túnel profundo. “Foi promovida ao público como um túnel profundo para impedir um acordo com o Hamas”, acrescentou.
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O grupo de Resistência Palestina, Hamas, exige um cessar-fogo total e a retirada das forças israelenses de Gaza em troca de qualquer acordo de troca de reféns.
Não houve comentários imediatos do exército sobre a reportagem.
O exército israelense retomou seu ataque a Gaza em 18 de março, rompendo um acordo de cessar-fogo e troca de prisioneiros firmado em 19 de janeiro.
Israel matou mais de 51.200 palestinos no enclave desde outubro de 2023, a maioria mulheres e crianças.
O Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão em novembro para Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa Yoav Gallant, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Gaza.
Israel também enfrenta um caso de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça por sua guerra contra o enclave.
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