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Novo chefe do exército de Israel declara 2025 ‘Ano da Guerra’

7 de março de 2025, às 12h58

Tenente-general Eyal Zamir, novo chefe do Estado-maior do exército de Israel, na Cidade Velha de Jerusalém ocupada, em 5 de março de 2025 [Menahem Kahana/AFP/Getty Images]

O recém-nomeado chefe do Estado-maior do exército israelense, tenente-general Eyal Zamir, declarou que 2025 será o “Ano da Guerra”, ao citar especificamente Gaza e Irã, reportou a imprensa local nesta quinta-feira (6).

Horas após receber o cargo de seu antecessor, Herzi Halevi, como comandante máximo do exército ocupante, na quarta-feira (5), Zamir se reuniu com líderes militares, ocasião na qual anunciou decisões de primeiro dia.

Entre as medidas inaugurais de Zamir, a eventual indicação de um painel para reavaliar os inquéritos do exército sobre 7 de outubro de 2023, o fechamento de uma diretoria sobre Irã e a formação de uma nova brigada de tanques de guerra.

Zamir nomeou o major-general Yaniv Asor, ex-chefe da Diretoria de Pessoal, como novo comandante do Front Sul. Asor substituirá Yaron Finkelman, que renunciou em janeiro, ao citar os fracassos militares de 7 de outubro.

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O brigadeiro-general Itzik Cohen, chefe da 162ª Divisão, será responsável pela Diretoria de Operações, ao substituir Oded Basiuk que também renunciou. Cohen, que liderou a invasão por terra a Gaza por 15 meses, será promovido a major-general.

Para Zamir, o ano de 2025 será o “Ano da Guerra”, com enfoque na Faixa de Gaza e no Irã, a fim de “preservar as conquistas e aprofundá-las em outras arenas”.

Zamir disse aos generais presentes na reunião que o retorno dos prisioneiros de guerra em Gaza é um “dever moral”. Em um tom dramático, Zamir decorou seu escritório com fotos dos prisioneiros.

Halevi renunciou em janeiro, ao assumir responsabilidade, em parte, pelos fracassos de 7 de outubro de 2023, quando o movimento de resistência Hamas cruzou a fronteira e capturou colonos e soldados. 

Desde então, Israel mantém uma campanha de punição coletiva e genocídio em Gaza, com 48 mil mortos, 112 mil feridos e dois milhões de desabrigados.

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