Forças israelenses destroem prédios e lojas no campo de refugiados de Tulkarm

9 meses ago

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Tropas israelenses continuam a ocupar o campo de refugiados de Tulkarm, após destruírem ao menos 300 lojas e 40 prédios residenciais, incluindo cem apartamentos, e atearem fogo a dez casas, reportou o vice-governador da região, Faisal Salama.

O ataque ao campo segue há 30 dias, destacou Salama nesta terça-feira (25). Residentes foram deslocados sob a mira de fuzis e nem mesmo pertences pessoais foram poupados da violência israelense, observou.

Segundo Salama, as forças israelenses impuseram um perigoso precedente ao escavar uma estrada que corta quatro distritos locais: Balawneh, al-Hamam, al-Sawalmeh e Khadamat, ao culminar na rua Thanaba. Neste processo, vinte e seis edifícios foram destruídos, com danos às instalações adjacentes.

Ao menos 12 mil palestinos foram deslocados à força do campo de Tulkarm, mediante ameaças e terrorismo de Estado.

As aulas foram suspensas, notou o vice-governador, ao privar duas mil crianças de seu direito ao ensino, nas quatro escolas da Agência das Nações Unidas para a Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) radicadas no campo.

Serviços de saúde também foram interrompidos.

A ofensiva em curso também incorreu na destruição massiva da infraestrutura civil, incluindo redes de eletricidade, água, esgoto, internet e telecomunicações.

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Segundo Salama, está claro que Israel busca objetivos políticos e de relações públicas, em vez de pretextos militares ou de segurança.

Conforme sua análise, o alvo da campanha é precisamente a questão dos refugiados, na tentativa de impor uma nova engenharia social e demografia na região, ao substituir as comunidades nativas por colonatos ilegais.

Tensões permanecem altas na Cisjordânia ocupada — em paralelo ao genocídio em Gaza — com ao menos 920 mortos, sete mil feridos e 11 mil presos arbitrariamente desde outubro de 2023, segundo dados oficiais.

Em setembro de 2024, a Assembleia Geral das Nações Unidas, por maioria ampla, corroborou uma decisão do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) ao reconhecer a ilegalidade da ocupação israelense e requerer a evacuação de soldados e colonos, com prazo de um ano para ser implementada.

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