O Comitê Central de Emergência em Rafah, no extremo sul de Gaza, confirmou nesta quarta-feira (19) que o exército de Israel matou ao menos 20 pessoas na área, dentre outros presos e feridos, apesar do cessar-fogo em curso desde 19 de janeiro.
Forças ocupantes invadiram também as zonas centro e oeste da cidade, em violação do acordo estabelecido com o movimento palestino Hamas sob mediação do Egito, que faz fronteira com Rafah. As operações incluem tanques de guerra.
Segundo comunicado, diversas violações e crimes sob a lei internacional foram registrados nos 34 dias desde a confirmação do acordo.
O comitê pediu aos mediadores — Egito, Catar e Estados Unidos — que “cumpram suas responsabilidades em conter as violações de Israel, ao persuadi-lo a respeitar os termos acordados e cessar as violações”.
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O comitê reiterou a urgência de que Israel autorize a entrada de maquinário para remoção de escombros e subsequente recuperação de corpos, assim como para limpar as estradas e facilitar o retorno dos cidadãos a suas casas.
A nota insistiu que a devastação causada por Israel afetou todos os aspectos da vida em Rafah, submetida a invasão por terra por nove meses, em meio ao genocídio no enclave entre outubro de 2023 e janeiro de 2025.
Desde a implementação do acordo até 11 de fevereiro, Israel mantou 92 palestinos e feriu 822 no enclave sitiado, segundo dados corroborados por Munir al-Barash, diretor-geral do Ministério da Saúde de Gaza.
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