A procuradora-geral israelense Gali Baharav-Miara e o procurador Amit Aisman autorizaram uma investigação sobre a ministra da Igualdade Social May Golan do Likud, informou o Times of Israel.
A decisão ocorre após denúncias televisivas de má conduta em seu gabinete, incluindo nepotismo generalizado e práticas questionáveis de arrecadação de fundos em uma organização sem fins lucrativos que ela fundou.
A decisão dos promotores desencadeou uma forte reação do Partido Likud do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que acusou os funcionários de alvos com motivação política. O Likud apontou para ações legais recentes, incluindo a investigação da esposa de Netanyahu por supostamente tentar intimidar uma testemunha em seu caso de corrupção e a acusação de três assessores seniores por delitos semelhantes, como evidência de execução seletiva.
“A procuradoria-geral está agindo como o braço legal da oposição e está envolvida em uma caça às bruxas e perseguição política ao governo e ao primeiro-ministro”, afirmou o Likud em uma declaração, acusando ainda Baharav-Miara de ser “o consultor jurídico para derrubar o governo”.
De acordo com o Times of Israel, May Golan ainda não respondeu às alegações, embora tenha negado anteriormente qualquer irregularidade. O Channel 12 News, que exibiu a reportagem investigativa no mês passado, declarou que a polícia interrogou recentemente vários associados de Golan em conexão com a investigação.
A reportagem do Channel 12 detalhou acusações de nepotismo no escritório de Golan, afirmando que ela contratou vários indivíduos com laços pessoais ou políticos — alguns dos quais supostamente realizaram pouco ou nenhum trabalho real. Golan, uma figura vocal de direita, também foi acusada de má administração de fundos dentro de sua organização sem fins lucrativos, a Hebrew City, que se concentrava em ativismo anti-imigrante.
Além disso, a reportagem apontou que Golan usou indevidamente assessores parlamentares, orientando-os a fazer recados pessoais para ela, incluindo levar sua mãe, comprar comida, coletar pacotes e distribuir presentes para amigos, o que violaria o protocolo do Knesset.