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Colono israelense destrói rede de água perto de Belém, na Cisjordânia

14 de fevereiro de 2025, às 09h57

Soldados israelenses obstruem acesso à aldeia de Janatah, ao sul de Belém, na Cisjordânia ocupada, em 16 de julho de 2023 [Hazem Bader/AFP via Getty Images]

Um colono ilegal israelense destruiu, nesta quinta-feira (13), uma rede de água limpa na aldeia palestina de Kisan, a leste de Belém, na Cisjordânia ocupada.

Fontes locais reportaram o ataque à infraestrutura básica, somando-se a uma escalada colonial que assola a Cisjordânia, na região de Deir Alla, no interior de Tuqu’.

Estima-se que 15 famílias dependiam da rede de água para seu dia a dia.

Nas últimas semanas, soldados e colonos israelenses intensificaram seus pogroms contra palestinos de Kisan, incluindo ao disparar contra residências, atacar pastores e rebanhos, impor multas abusivas e obstruir acesso a terras produtivas.

A escalada ao redor de Belém coincide com operações militares em Jenin, Tulkarm e outras regiões da Cisjordânia, em particular desde 21 de janeiro, no contexto do cessar-fogo em Gaza, após 470 dias de genocídio.

Entre outubro de 2023 e janeiro de 2025, cerca de 900 pessoas foram mortas na Cisjordânia por ataques de Israel, com intuito de expulsar os nativos e implantar novos assentamentos ilegais em terras palestinas.

Todos os colonos e assentamentos nos territórios ocupados são ilegais conforme o direito internacional, como corroborado por decisão de julho do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia.

Em setembro, a decisão consultiva evoluiu a resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, por maioria absoluta dos votos, ao reivindicar evacuação de colonos e soldados e reparações aos nativos, com prazo de um ano para ser implementada.