Dezenas de tendas e abrigos provisórios para os civis deslocados na Faixa de Gaza sitiada sofreram inundações devido a recentes tempestades de inverno na região, reportou nesta quinta-feira (13) o Departamento de Defesa Civil.
“A situação em Gaza é catastrófica, com chuvas que continuam a desabar sobre as cabeças dos palestinos deslocados, cujas residências foram destruídas”, comentou Mahmoud Basal, porta-voz da agência.
“Muitas tendas foram submersas e os abrigos carecem até mesmo dos meios mais básicos para suportar as condições extremas do clima”, acrescentou.
Basal destacou à agência Anadolu que a falta de tendas adequadas para proteger as famílias do inverno e das chuvas agrava a crise: “Muitos enfrentam dificuldades por falta de comida, água limpa e medicamentos, além de insumos para se aquecerem”.
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Basal pediu ação da comunidade internacional e de entidades humanitárias: “É urgente resgatar a população afetada e impor pressão a Israel para que abra as fronteiras e permita a entrada de bens essenciais, como tendas resistentes ao clima e insumos assistenciais, críticos para proteger crianças e idosos do frio e das chuvas”.
Gaza é hoje um campo de concentração a céu aberto, após 18 anos de bloqueio militar israelense e 15 meses de bombardeios indiscriminados que destruíram a infraestrutura civil e expulsaram dois milhões de pessoas de suas casas.
O genocídio israelense, desde outubro de 2023, deixou mais de 48.200 mortos e quase 112 mil feridos, além de milhares de desaparecidos entre os escombros.
Apesar do cessar-fogo implementado desde 19 de janeiro, Israel mantém restrições de entrada de insumos básicos a Gaza, como abrigo, combustível e medicamentos, abaixo dos parâmetros humanitários previstos na trégua.
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