Israel violou cessar-fogo de Gaza 265 vezes, reporta gabinete do governo

10 meses ago

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O exército da ocupação israelense cometeu ao menos 265 violações do acordo de troca de prisioneiros e cessar-fogo em Gaza desde 19 de janeiro, quando a trégua entrou em vigor, informou Ismail al-Thawabta, porta-voz do gabinete de comunicação do governo palestino, em mensagem na rede social X (Twitter).

Al-Thawabta detalhou as violações mais graves: incursões por terra, disparos que resultaram em baixas civis e demolições de casas. Aeronaves israelenses também seguiram sobrevoando Gaza, com ataques aéreos contra propriedades.

Al-Thawabta notou que as forças israelenses interromperam a entrada de combustível, ajuda humanitária e maquinário de reconstrução, além de ambulâncias e aparelhos médicos. Restrições foram impostas ao reparo de hospitais e centros de defesa civil, apesar da persistente crise de saúde que assola o território.

Conforme o porta-voz, Israel dificultou ainda a distribuição de tendas e caravanas para os deslocados, tampouco permitiu a restauração ou retomada das operações da única usina de energia elétrica do enclave palestino, a despeito dos protocolos humanitários do acordo.

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Al-Thawabta confirmou que Israel rescindiu de suas promessas humanitárias sob o acordo, incluindo atrasos e obstáculos em sua implementação.

Na segunda-feira (10), o movimento palestino Hamas confirmou adiar a libertação dos prisioneiros de guerra israelenses, prevista para este fim de semana, após Israel deixar de cumprir seus compromissos sob o acordo de cessar-fogo.

Em resposta, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu — procurado em 120 países sob mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) — ameaçou nesta terça-feira (11) retomar os ataques de larga escala.

As ameaças do premiê coincidem com as de seu aliado na Casa Branca, Donald Trump, que prometeu converter Gaza em um “inferno na terra”, caso o Hamas não cumpra — unilateralmente — o prazo de sábado à meia-noite.

Gaza permanece amplamente destruída, com ao menos 48 mil mortos e dois milhões de desabrigados após 470 dias de genocídio conduzido por Tel Aviv, como investigado pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, desde janeiro de 2024.

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