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As forças de ocupação de Israel alegam que o reservatório de água foi explodido sem ordem do Comando Sul

29 de julho de 2024, às 13h50

Palestinos fazem fila para receber água limpa distribuída por tanques móveis, em Deir al-Balah, Gaza, em 25 de abril de 2024. [Ashraf Amra/ Agência Anadolu].

Palestinos fazem fila para receber água limpa distribuída por meio de tanques móveis, em Deir al-Balah, Gaza, em 25 de abril de 2024.

As forças de ocupação de Israel afirmam que um reservatório de água potável em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, foi explodido sem a permissão do Comando Sul, informou a mídia israelense na segunda-feira.

“O exército está conduzindo uma investigação sobre uma suspeita de violação do direito internacional, após a explosão em um reservatório de água potável em Rafah por uma força que opera na área”, disse o Haaretz. Tropas da 401ª Brigada do Corpo Blindado “explodiram o reservatório central na semana passada sob as ordens dos comandantes da brigada, mas sem receber permissão do nível sênior do Comando Sul”, acrescentou o diário.

Um dos soldados envolvidos postou um vídeo da explosão nas mídias sociais com a legenda “Destruição do reservatório de água de Tel Sultan em homenagem ao [Sabbath]”, observou o Haaretz, que também informou que, ao final da investigação inicial, será tomada uma decisão sobre a abertura de uma investigação pela Polícia Militar.

LEIA: Israel explode reservatório de água potável e comete ‘crime contra a humanidade’ em Rafah

O reservatório fica no bairro de Tel Al-Sultan, cuja maior parte não foi evacuada pelo exército.  “O bairro no noroeste de Rafah fica perto das áreas humanitárias que o exército definiu como seguras para se permanecer”, disse o jornal.

O exército israelense se recusou a comentar, mas fontes militares confirmaram os detalhes, apontou a Anadolu.

Mais de 39.300 palestinos foram mortos por Israel desde outubro, a maioria mulheres e crianças, e mais de 90.800 ficaram feridos, de acordo com as autoridades de saúde locais. Os números estimados sao bem maiores dada a dificuldade em localizar e identificar as vítimas. Dez meses após o ataque israelense, vastas áreas de Gaza estão em ruínas em meio a um bloqueio paralisante de alimentos, água potável e medicamentos.