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Iraque recebe dezenas de feridos de Gaza para tratamento

Palestinos feridos e parentes chegam do Egito na Base Aérea de al-Muhammad, em Bagdá, no Iraque, em 22 de maio de 2024 [Murtadha al-Sudani/Agência Anadolu]

O Ministério da Saúde do Iraque confirmou a chegada de 27 pessoas em uma primeira leva de palestinos feridos que deixaram a Faixa de Gaza, sob ataques de Israel, para receber tratamento médico no exterior, como gesto de apoio do governo iraquiano.

A campanha “Salve Gaza”, lançada em 7 de abril, recebeu os primeiros refugiados nesta quarta-feira (22). Sob a campanha, feridos e doentes de Gaza devem usufruir de cuidados em hospitais particulares do Iraque.

Os palestinos deixaram o território costeiro pela travessia de Rafah, no extremo sul de Gaza, e viajaram do Egito à Base Aérea de al-Muhammad, em Bagdá.

A primeira leva conta com 27 pacientes e 42 acompanhantes, transportados de ambulâncias aos hospitais do país.

LEIA: Gaza: Ajuda humanitária é suspensa em Rafah com intensificação de atividade militar

Conforme Hani Musa al-Aqabi, subsecretário do Ministério da Saúde do Iraque, os feridos — na maior parte, idosos, mulheres e crianças — receberam primeiros-socorros de paramédicos logo ao pousar.

Israel mantém ataques a Gaza há sete meses, deixando 35 mil mortos e 80 mil feridos. Entre as fatalidades, ao menos 15 mil são crianças.

Nas últimas semanas, avançou contra Rafah, último território ao sul, que abriga hoje 1.5 milhão de refugiados. Tel Aviv insiste em “exterminar o Hamas”; declarações de lideranças, no entanto, confirmam intuito de transferência compulsória da população nativa ao deserto do Sinai.

Os palestinos não têm expectativa de retornar a suas terras tão brevemente, ao passo que Israel ignora o direito de retorno — pressuposto da lei internacional — desde 1948.

Em torno de 70% da infraestrutura civil de Gaza foi destruída pela varredura norte-sul realizada pelas forças ocupantes. Hospitais, escolas, abrigos e mesmo rotas de fuga não foram poupadas. Dois milhões de pessoas foram desabrigadas.

As ações israelenses em curso são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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