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Conselho de Segurança aprova resolução por proteção de trabalhadores humanitários

Embaixadora da Suíça na ONU, Pascale Baeriswyl, durante sessão do Conselho de Segurança em Nova York, 23 de fevereiro de 2023 [Yuki Iwamura/AFP via Getty Images]

Uma resolução encabeçada pela Suíça, em defesa da proteção a trabalhadores humanitários e equipes das Nações Unidas, recebeu forte apoio no Conselho de Segurança nesta semana, com 14 votos favoráveis entre os 15 membros, segundo informações da agência Anadolu.

Apenas a Rússia se absteve da medida — contudo, não aplicou seu poder de veto.

A resolução exige de todas as partes em conflito que cumpram plenamente suas obrigações sob as leis internacionais de direitos humanos, com o destaque à proteção de equipes destinadas à assistência humanitária a populações carentes.

Antes da votação, Pascale Baeriswyl, embaixadora da Suíça na ONU, mencionou o aumento da violência e de ataques diretos contra os grupos protegidos.

“Em 2023, mais de 250 trabalhadores humanitários pagaram o preço mais alto e centenas foram feridos ou privados de sua liberdade em todo o mundo”, argumentou a diplomata. “A resolução recorda todos de suas obrigações em respeito à proteção das equipes humanitárias”.

LEIA: Matar trabalhadores humanitários como estratégia: O fim do jogo de Israel em Gaza

A embaixadora insistiu também que a medida contribui aos “esforços em curso para combater a impunidade e fortalecer a justiça” e instou todos os Estados-membros a investigar violações da lei humanitária internacional em seus respectivos contextos.

“A resolução urge a todos que assumam medidas contra aqueles responsáveis pelas violações”, acrescentou. “O texto também incorpora os mais novos desafios enfrentados pelas equipes, ao incluir a desinformação”.

A resolução não menciona textualmente Israel e suas ações em Gaza, possivelmente sob receio de veto dos Estados Unidos. No entanto, coincide com uma semana de reveses internacionais a Tel Aviv, incluindo um mandado de prisão solicitado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, contra o premiê Benjamin Netanyahu.

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