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Colonos israelenses invadem Al-Aqsa em meio a tensões na região

Colonos fundamentalistas invadem a Mesquita de Al-Aqsa no quarto dia do feriado judaico do Sukkot, na Cidade Velha de Jerusalém ocupada, em 3 de outubro de 2023 [Waqf Islâmico de Jerusalém/Agência Anadolu]

Colonos ilegais israelenses forçaram sua entrada no complexo islâmico da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém ocupada, nesta quinta-feira (18), em meio a tensões regionais consideradas inéditas, segundo informações da agência Anadolu.

Cerca de 225 colonos invadiram o santuário através do Portão de al-Mughrabi, a oeste da mesquita, sob escolta policial pesadamente armada.

A incursão coincide com sucessivos pogroms conduzidos por colonos e soldados israelenses contra cidades e aldeias na Cisjordânia ocupada, além de contínuo genocídio na Faixa de Gaza, que deixou 34 mil mortos e 76 mil feridos desde outubro.

No último fim de semana, a situação atingiu um ápice sem precedentes, quando o Irã respondeu a um bombardeio israelense a seu consulado em Damasco, na Síria, com cerca de 300 mísseis e drones lançados ao Estado ocupante.

Teerã notificou as partes com antecedência; o ataque foi, em ampla maioria, interceptado.

Há receios, no entanto, de propagação da guerra.

Além disso, conforme informações da agência palestina Wafa, a polícia israelense aumentou seu contingente e impôs diversas restrições ao movimento em toda a Cidade Velha de Jerusalém, em particular durante o mês islâmico do Ramadã.

LEIA: Na Cisjordânia, colonos criam vaca vermelha e planejam ‘Terceiro Templo’

Para os muçulmanos, Al-Aqsa é seu terceiro lugar mais sagrado. Judeus fundamentalistas chamam o perímetro de Monte do Templo, ao promover a demolição do santuário islâmico para dar lugar a um suposto santuário da Antiguidade.

Israel ocupou Jerusalém Oriental, onde está Al-Aqsa, em 1967, durante a chamada Guerra dos Seis Dias. Em 1980, anexou toda a cidade — medida jamais reconhecida internacionalmente.

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