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Governo do Reino Unido aconselha contra viagens a Israel

Painel da British Airways no terminal 5 do Aeroporto Internacional de Heathrow, em 29 de maio de 2017 [Ray Tang/Agência Anadolu]

O Reino Unido aconselhou seus cidadãos a evitarem viajar a Israel devido à “possibilidade de um ataque iraniano contra o território israelense”, reportou à imprensa o Ministério de Relações Exteriores do governo em Londres nesta sexta-feira (12).

As informações são da agência de notícias Reuters.

Em sua última atualização, a chancelaria aconselhou contra “todas as viagens” ao norte de Israel, Gaza, arredores de Gaza e Cisjordânia, ao excluir apenas Jerusalém Oriental e o território entre Jerusalém e Tel Aviv.

A pasta também recomendou contra “todas as viagens, salvo essenciais” ao território designado Israel — capturado via limpeza étnica na ocasião da Nakba ou “catástrofe”, em 1948 — e à totalidade dos territórios ocupados em 1967.

A medida coincide com receios de propagação da guerra após sete membros da Guarda Revolucionária do Irã, unidade de elite do exército, incluindo dois generais, serem assassinados por um ataque aéreo israelense contra o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

LEIA: Ativistas atacam o Ministério da Defesa do Reino Unido por causa da venda de armas a Israel

Teerã prometeu responder.

Israel não assumiu responsabilidade formal pelo bombardeio, tampouco comentou suas operações contra a Síria.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro, em retaliação a uma operação transfronteiriça do braço armado do grupo Hamas, que capturou colonos e soldados. Segundo o exército israelense, cerca de 1.200 pessoas morreram na ocasião.

Entretanto, reportagens do jornal Haaretz mostraram que uma parcela considerável das fatalidades se deu por “fogo amigo”, sob ordens gravadas de chefes militares de Israel para que suas tropas atirassem em reféns e residências civis

Em Gaza, são 33.634 mortos e 76.214 feridos, além de dois milhões de desabrigados.

Israel também conduz ataques a Líbano, Iêmen e Iraque.

Apesar de uma ordem do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, de 26 de janeiro, Israel ainda impõe um cerco militar absoluto a Gaza — sem comida, água, medicamentos, energia elétrica ou combustível.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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