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Pesquisa aponta que 45% dos israelenses preferem Benny Gantz como primeiro-ministro

Foto: Presidente do Partido da Unidade Nacional de Israel, Benny Gantz [Muhammed Selim Korkutata/Agência Anadolu]
Foto: Presidente do Partido da Unidade Nacional de Israel, Benny Gantz [Muhammed Selim Korkutata/Agência Anadolu]

Enquanto Israel continua seu ataque à Faixa de Gaza, a popularidade do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, continua em declínio, com uma recente pesquisa de opinião favorecendo Benny Gantz, líder do Partido da Unidade Nacional e atual membro do Gabinete de Guerra, para se tornar o próximo primeiro-ministro, informou a Agência Anadolu.

De acordo com uma pesquisa publicada na sexta-feira (29) pelo jornal israelense Maariv, 45% dos israelenses preferem Gantz como primeiro-ministro, enquanto apenas 38% acreditam que Netanyahu é adequado para o cargo.

A pesquisa destaca um declínio consistente na popularidade do Partido Likud, liderado por Netanyahu, semelhantemente a pesquisas anteriores realizadas após 7 de outubro, data do início da guerra devastadora em Gaza.

De acordo com a pesquisa, o partido da Unidade Nacional garantiria 33 assentos na Knesset de 120 lugares se as eleições fossem realizadas hoje, em comparação com seus atuais 12 assentos.

Em contraste, a pesquisa indicou que o partido Likud conseguiria apenas 19 assentos, abaixo de seus atuais 32 assentos no parlamento.

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O partido de oposição New Hope, liderado por Gideon Sa’ar, que se retirou do partido da Unidade Nacional, obteria quatro cadeiras, segundo a pesquisa.

Enquanto isso, o Partido Sionista Religioso, liderado pelo ministro das Finanças Bezalel Smotrich, não conseguiria ultrapassar o limite eleitoral, de acordo com os resultados.

A pesquisa de opinião mostrou que o grupo que apoia Netanyahu conquistaria 46 assentos, enquanto o grupo contra ele conquistaria 64 assentos.

A aliança entre os partidos árabes que rejeitam os dois blocos garantiria 10 assentos.

Para formar um governo em Israel, são necessários pelo menos 61 votos na Knesset. Isso sugere que, se as eleições fossem realizadas hoje, Netanyahu não conseguiria formar um governo.

Dada a relutância de Netanyahu em realizar eleições antecipadas, não há perspectiva iminente de uma votação em Israel.

Israel tem empreendido uma ofensiva militar mortal em Gaza desde o ataque transfronteiriço de 7 de outubro, liderado pelo Hamas, no qual quase 1.200 israelenses foram mortos.

Mais de 32.500 palestinos, a maioria mulheres e crianças, foram mortos em Gaza desde então, além de causar destruição em massa, deslocamento e condições de fome.

Israel é acusado de genocídio pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), que, em uma decisão provisória em janeiro, ordenou que Tel Aviv parasse com os atos genocidas e tomasse medidas para garantir que a assistência humanitária fosse fornecida aos civis em Gaza.

Em uma ordem de quinta-feira (28), o TIJ pediu que Israel tomasse medidas “sem demora” para garantir “o fornecimento sem obstáculos” de serviços básicos e assistência humanitária, incluindo alimentos, água, combustível e suprimentos médicos. O tribunal disse que “os palestinos em Gaza não estão mais enfrentando apenas o risco de fome […], mas que a fome está se instalando”.

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