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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Parlamento de Israel aprova texto da lei para censura à imprensa

Colegas e parentes da jornalista palestina Shireen Abu Akleh, assassinada por soldados israelenses, reúnem-se no escritório da rede Al Jazeera em Ramallah, na Cisjordânia ocupada [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

Um projeto de lei para fechar escritórios de redes internacionais que “trabalhem contra o Estado israelense” foi aprovado pelo parlamento de Israel (Knesset) em sua segunda e terceira leitura, confirmou a rádio militar Kan nesta quarta-feira (27).

A legislação volta-se, em particular, à cobertura da rede de notícias Al Jazeera, sediada em Doha, na capital do Catar, além de entidades similares, ao autorizar o Ministério das Comunicações a assumir medidas de censura sob pretexto de segurança, segundo aval do gabinete de governo.

Entre as medidas previstas, estão: fechamento de redações, apreensão de equipamentos, bloqueio de transmissões e websites, remoção de emissoras das redes de radiodifusão a cabo e por satélite, punições individuais, entre outras.

A proposta foi apresentada pelo ministro das Comunicações, Shlomo Karhi.

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“Apesar de todos os contrapesos absurdos [em alusão ao judiciário e parlamento], obtivemos uma ferramenta rápida e efetiva para agir contra aqueles que abusam da liberdade de expressão para ferir a segurança de Israel e seus soldados”, alegou Karhi.

“A lei será aprovada na próxima segunda-feira [1°], no plenário do Knesset. Em seguida, começaremos a aplicar medidas urgentes contra numerosas emissoras estrangeiras que ferem a segurança do Estado”, acrescentou.

O presidente do comitê responsável no Knesset, Zvika Foghel, declarou: “Aprovar a lei constitui parte importante do muro defensivo do Estado de Israel”.

A medida compreende ações contra a liberdade de imprensa, expressão e assembleia nos territórios palestinos ocupados, em meio à maior crise de relações públicas da história de Israel, devido a seu genocídio em Gaza.

Soma-se ainda a ataques diretos a jornalistas e uma campanha de propaganda de guerra e incitação ao genocídio disseminada no país e no exterior.

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