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Centenas de milhares marcham na Europa por cessar-fogo em Gaza

Multidões saíram às ruas de mais de 120 cidades no mundo, para o segundo Dia de Ação Global em solidariedade a Gaza. Os manifestantes pediram fim do genocídio, incluindo um cessar-fogo imediato e fluxo humanitário contínuo ao enclave palestino.

Centenas de milhares de pessoas saíram às ruas das principais cidades europeias para pedir por um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza sitiada, à medida que o número de mortos aproxima-se de 30 mil vítimas, devido aos ataques implacáveis de Israel.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Em Londres, a marcha deixou um dos acessos do palácio de Birmingham rumo à embaixada de Israel no centro da cidade, segundo convocatória de grupos locais para um segundo Dia de Ação Global em solidariedade a Gaza.

Desde 7 de outubro, protestos pró-Palestina na capital britânica ganham cada vez mais adeptos, incluindo grupos numerosos de judeus antissionistas. Manifestantes denunciam o viés colonial e a cumplicidade do governo conservador e da oposição trabalhista sobre o genocídio em Gaza.

Em Dublin, capital da Irlanda, dezenas de milhares se reuniram por cessar-fogo, assim como em Madrid, capital da Espanha.

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Na Alemanha — onde o governo busca censurar e reprimir manifestações pró-Palestina — o ato foi realizado a cerca de 200 metros da sede da chamada Conferência de Segurança de Munique, onde líderes e ministros globais debatem questões estratégicas.

Dezenas de milhares também tomaram a praça Dam, em Amsterdã, capital da Holanda.

Entre os cartazes e faixas, além das canções entoadas em diversos idiomas, ganharam destaque palavras de ordem como “Cessar-fogo já”, “Basta de genocídio” e “Palestina livre”.

O segundo Dia de Ação Global foi convocado originalmente pela Coalizão Palestina — formada pela Campanha de Solidariedade Palestina, Fórum Palestino na Grã-Bretanha, Coalizão Stop the War, organização Friends of Al-Aqsa e Associação Muçulmana da Grã-Bretanha.

“Mais de 1.7 milhão de palestinos de Gaza foram deslocados à força de suas casas, 28 mil foram mortos e até cem mil feridos, em ações reconhecidas pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) como possível caso de genocídio”, declararam os organizadores em nota.

“Apesar da determinação de Haia para que Israel dê fim a seus atos genocidas, o governo em Tel Aviv deixou claro que pretende proceder com um ataque de larga escala contra Rafah”, advertiu o comunicado, em referência à cidade no extremo sul do território, que abriga mais da metade dos deslocados pela guerra.

Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, deixando 29.092 mortos e 69.028 feridos — na maioria, mulheres e crianças.

 

Em torno de 70% da infraestrutura civil de Gaza foi destruída pela varredura norte-sul realizada pelas forças ocupantes. Hospitais, escolas, abrigos e mesmo rotas de fuga não foram poupadas. Dois milhões de pessoas foram desabrigadas.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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