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‘Não deixaremos nossa terra’, dizem residentes de Rafah

Refugiados palestinos em tendas improvisadas em Rafah, na Faixa de Gaza, em 15 de fevereiro de 2024 [Abed Zagout/Agência Anadolu]
Refugiados palestinos em tendas improvisadas em Rafah, na Faixa de Gaza, em 15 de fevereiro de 2024 [Abed Zagout/Agência Anadolu]

Residentes e refugiados abrigados em Rafah, no extremo sul de Gaza, na fronteira com o Egito, ao conversar nesta sexta-feira (16) com a rede de notícias Quds Press, reafirmaram ciências das “campanhas da ocupação contra a resistência [palestina], a fim de sabotar seu apoio popular e disseminar conflito e divisão”.

Conforme o alerta: “Os residentes e deslocados de Rafah apoiam categoricamente a resistência nacional palestina”.

O grupo em Rafah aproveitou a oportunidade para instar “facções nacionais, associações, grupos comunitários e familiares e todos os componentes nacionais a exercer seu papel para defender os comitês populares de proteção e emergência”.

Os representantes da comunidade em Rafah sugeriram ainda “a formação de comitês populares para fortalecer a participação das pessoas e protegê-las da infiltração de mercadores da guerra, monopolistas e sabotadores, a fim de dissuadir esforços como esses”.

Para os residentes, ao assinalar iniciativas fundamentalmente democráticas, mesmo sob a crise, “abrigos e centros de refugiados devem também instaurar comitês populares em coordenação com os comitês de emergência do governo e com os grupos nacionais”.

“Nós, o povo de Rafah, seus residentes e refugiados, reafirmamos que não deixaremos a nossa terra e protegeremos a resistência”, acrescentou o grupo. “Não emigraremos, seja à força ou de vontade própria. Protegeremos a terra, nossas casas e nossa dignidade”.

Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, em retaliação a uma ação transfronteiriça do grupo Hamas que capturou colonos e soldados. Desde então, foram ao menos 28.858 palestinos mortos e 68.667 feridos — na maioria mulheres e crianças.

Em torno de 70% da infraestrutura civil de Gaza foi destruída pela varredura norte-sul realizada pelas forças ocupantes. Hospitais, escolas, abrigos e mesmo rotas de fuga não foram poupadas. Dois milhões de pessoas foram desabrigadas.

Destas, cerca de 1.5 milhão estão na cidade de Rafah, sem ter mais para onde fugir, sob ameaças de avanços israelenses por terra ao extremo sul do território.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

LEIA: Escalada em Gaza causa incertezas à economia de Israel

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